quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Como é bom trocar um abraço..,

Minha mãe era super "agarradinha", com tudo e com todos.
Tem dois anos que ela foi pro céu, mas o que mais sinto falta é do abraço apertado, bem chegadinho, que dava a todos uma sensação de aconchego. Digo a todos, por que ela distribuía fartamente.

Moradora antiga da região central de Londrina, conhecia todo mundo naquele calçadão..
Os jovens, a chamavam de Vó Antonia. E dá-lhe abraço..
Vendo recentemente as fotos de família, me impressionou a quantidade delas em que aparece abraçada com netos, com filhos, com amigos. Independente de idade ou sexo, ela abraçava de forma igualmente amorosa.

Não tinha percebido, mas eu também sou "agarradinha". Adoro a troca de afeto que um abraço, coração com coração, proporciona.

Navegando pela NET encontrei esse poema e compartilho. Olhe só..


LAÇO E O ABRAÇO

Você já reparou como é curioso um laço...
Uma fita dando voltas?

Se enrosca...
Mas não se embola,
vira, revira,
circula e pronto:
está dado o laço

É assim que é o abraço:
coração com coração,
tudo isso cercado de braço.

É assim que é o laço:
um laço no presente,
no cabelo, no vestido,
em qualquer lugar que se precise enfeitar

E quando a gente puxa uma ponta,
o que é que acontece?
Vai escorregando devagarinho,
desmancha, desfaz se o laço.

Solta o presente,
o cabelo, fica solto no vestido.
E na fita, que curioso,
não faltou nem um pedaço.

Ah! Então é assim o amor, a amizade.
Tudo que é sentimento?

Como um pedaço de fita?
Enrosca, segura um pouquinho,
mas pode se desfazer a qualquer hora,
deixando livre as duas bandas do laço.
Por isso é que se diz: laço afetivo, laço de amizade.

E quando alguém briga, então se diz
- romperam-se os laços.
- E saem as duas partes,
igual os pedaços de fita,
sem perder nenhum pedaço.

Então o amor é isso...
Não prende,
não escraviza,
não aperta,
não sufoca.

Porque quando vira nó,
já deixou de ser um laço!

(Laço e o Abraço
em Mensagens e Poemas)

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

COMEÇOU ASSIM..

Aprendi a ler e a escrever com meu pai, que era pintor.
Fez sua oficina no quintal de casa e eu vivia lá, observando curiosa e atentamente o seu jeito solto de desenhar as letras e de preenchê-las, nas mais diversas cores. Momentos mágicos aqueles..

Mas o que eu gostava mesmo era de saber o nome de cada uma delas e que nome passariam a ter quando se juntassem. Chego a ouvir a voz do meu pai: - Este é o "p". Se juntar com o "a", fica "pa" de pato..

Nem foi preciso falar muito e já no início dos cinco anos eu lia tudo e escrevia com letras de forma (caixa alta)..
Na pré escola, foram horas e horas de trabalho, com muitos cadernos de caligrafia, pra formar um novo hábito: escrever em letra cursiva.

Mas esse detalhe de vida só está aqui, pra ilustrar o grande encantamento que tenho pelas letras e pelas possibilidades que elas nos oferecem de botar pra fora os nossos sentimentos.

Foi o gostar delas que me motivou a criar o “Mais do que existir”, onde espero poder dar asas aos pensamentos para que eles busquem, lá no fundinho da minha alma, o meu mais puro sentir.

A partir daí, as letras vão se juntar entre si como numa brincadeira de roda, como numa ciranda. Vão ganhar os mais diferentes nomes, para então darem forma a isso tudo..

Um abraço a você que lê.
Seu comentário será sempre muito bem vindo!